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Profissionais de educação se mobilizam contra o jogo “Baleia Azul”

 

Publicado em: 28/04/2017 17:05

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A pedagoga e supervisora do ensino integral, Luciana Castilho, idealizou a semana de conscientização dos alunos da escola  Ernesto Milani sobre os perigos do jogo “Baleia Azul”.

Luciana contou com a ajuda  de todos os professores e demais profissionais da escola. Juntos desenvolveram temas lúdicos onde abordaram o jogo e seus perigos. Ela conta que para os mais jovens (1° e 2° anos) a linguagem e orientação foi sobre não aceitar doces ou qualquer alimento de estranhos. Com os alunos maiores, dos (3°, 4° e 5° anos) foram abordados mais o acesso a internet com segurança e supervisão dos pais. “Estamos atentos para cuidar da segurança de nossas crianças. Para nós é uma questão prioritária, não abrimos mão disso” disse Luciana.

Alunos participaram de uma passeata de conscientização
Todos os profissionais da escola estiveram envolvidos no debate sobre o tema em sala de aula durante a semana. Cerca de 173 alunos da escola tiveram orientação sobre os perigos do jogo. Uma passeata na sexta (28) reuniu aproximadamente oitenta alunos e serviu para conscientizar a população sobre os riscos do “jogo da morte”.

Para a pedagoga e orientadora Andrea Berlesi a linguagem foi trabalhada para que os alunos aprendessem brincando. O pequeno Bruno David de Assis (11) que estuda no quinto ano era um dos mais empolgados na manifestação. O cartaz que ele idealizou tem a frase “minha vida vale mais que um  jogo que vai até a morte”. Bruno diz que gosta de jogar vídeo game, mas que esse jogo é sem graça, que não leva a lugar nenhum. “Um jogo que faz mal para as crianças não tem graça. Baleia Azul, tô fora” disse o menino.

Para Júlia Costa Gomes (8), quarto ano, a manifestação é um direito das crianças. Ela faz uma analogia, “os adultos fazem manifestação para tirar a Dilma, nós fazemos contra a Baleia Azul”. O coro dos colegas ecoa pelas ruas e em frente à Prefeitura. “Fora Baleia Azul”, “Fora Baleia Azul” gritam sem parar os alunos. Muitos pedestres e motoristas que passavam entraram no espírito da manifestação.

A passeata concentrou-se na Praça Raulino Alves Cordeiro, percorreu as ruas Nilo Fávaro, Catarina Knapik e Avenida Dom Pedro II, em seguida passou pela rua Vinte e Cinco de Janeiro até a Câmara Municipal onde os alunos foram recebidos pelo grupo de voluntários da Chácara Maanaim. O grupo fez uma apresentação lúdica abordando o tema e os perigos do jogo.

Profissionais de educação se reúnem para discutir os perigos do jogo Baleia Azul
Na quinta (27) a secretária de educação Adriana Tùlio reuniu os profissionais de educação do ensino fundamental e médio para discutir os riscos do jogo e decidir formas de abordagem do tema com os alunos. A psicóloga Arlene Carignano elencou alguns dos sintomas que devem ser observados para a precoce identificação de vulnerabilidades. Em alguns casos o isolamento, em outros a euforia dos alunos pode acender o sinal de alerta. É preciso que o professor esteja atento às mudanças bruscas de comportamento.

Arlene lembra que toda a mudança radical de comportamento precisa ser observada com atenção. “Essas mudanças radicais de humor precisam ser vistas como sintomas de que algo não está bem. Os adolescentes passam por muitas transformações e isso pode levá-los a caminhos perigosos para serem aceitos. Esse jogo mexe com esses jovens onde eles estão mais vulneráveis”, disse a psicóloga. Arlene completa dizendo que é preciso dar aos jovens opções saudáveis de desafios.